RSS
Facebook
Twitter

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Poema - 07

O amor é incomodo,
É uma verdade insana e ilícita,
É corrompível e mutável,
É fosco,
É contagioso
;
Mas também é belo,
Tão inocente quanto contraditório,
É invejável,
Natural e límpido,
E tão avassalador quanto necessário.
Saudemos a aventura que é o amor.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Verso - 32

O amor que sinto por você
me rouba tudo;
O ar,
As doces palavras,
Os sonhos,
E ás vezes,
Até as incansáveis reticencias ...

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fim (por Avner Posner)

Hoje liberei para o jornal local Aquela nota sobre seu falecimento. Não quis alarde, mas quis deixar registrado, Em letras miúdas, no rodapé da página ímpar. Duas ou três folhas depois da capa. Em preto e branco mesmo. Em uma fonte que nem mesmo sei o nome Botei até meus óculos pra ler. Os escuros, pois mantenho o luto. E lá dizia... Meu amor hoje se foi. Não foi embora, pois o que vai as vezes volta. Não foi dormir, porque seu sono sempre foi leve. Não foi levado, afinal nunca tomaram o que era nosso. Não foi esquecido, já que nos somos pra sempre. Nunca foi, porque ainda é e talvez pra sempre será. Infelizmente, meu amor, felizmente meu amor Foi só pra ti, nunca foi de outro. Declaro aqui, e agora, que hoje eu enterro. Numa cova funda no meu peito. Com zelo, esmero e muitas saudades. Meu coração que leva seu nome. Te velo a cada suspiro. Te invoco a cada silêncio. Te enxergo, perfeitamente, na penumbra. E te sinto me fitando cada vez que eu sorrio. Hoje com a mão no peito fecho o caixão. Ora protegido, ora resguardado, ora escondido. Mas pra sempre seu. Nesta nota declaro a morte do que há em mim. Antes tarde do que nunca. Te amo, na presença, na ausência. No passado e no presente. E até mesmo quando eu minto dizendo ser o fim. Fim.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Verso - 31

Nas ondas do seu silencio,
Embarco,
Procurando sem esperanças
pela última nota,
Que irá me preencher do som e nostalgia.