Espantado, olhava-se no espelho da
vizinha sem reconhecer a própria imagem; toca em sua face com a ponta dos dedos
sentindo a pele macia e barbeada, contempla o cabelo bem cortado e os olhos castanhos
conformados. Distraído, recorda sem nitidez da época em que se empenhava para ser
o espelho do mundo; e envergonhado, chora ao perceber que deixara o sonho morrer
ao se contentar apenas em se envaidecer no espelho de alguém.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Microconto - 09
Postado por Tempus em terça-feira, novembro 25, 2014 com Sem comentários
Categories: Microcontos
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