E construía a ponte
cuidadosamente com memórias e saudades, empilhava cada pequeno pedaço de
sentimento, um após o outro com o máximo do cuidado, e quanto mais a ponte
avançava mais ele se esquecia dela, e quanto mais se esquecia, mais insistia em
sorrir. Sorria com todos os dentes, com os olhos e com o coração; e era um
sorriso ingênuo e completo .... e satisfeito. Avançava sem medo e sem remorso, revigorado
a cada lembrança abandonada, pois sabia que para cada uma que se desprendia,
construiria duas quando acabasse a ponte e finalmente a encontrasse.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Miniconto - 02 (Make memories)
Postado por Tempus em segunda-feira, setembro 28, 2015 com Sem comentários
sábado, 26 de setembro de 2015
Verso - 40
Postado por Tempus em sábado, setembro 26, 2015 com Sem comentários
domingo, 20 de setembro de 2015
Mural - 02
Postado por Tempus em domingo, setembro 20, 2015 com Sem comentários
domingo, 13 de setembro de 2015
Miniconto - 01
Postado por Tempus em domingo, setembro 13, 2015 com Sem comentários
Admirada estava a contemplar o poeta, que
inspirado estava a escrever na beira da praia, era um pequeno detalhe na
paisagem, mas ainda assim ocupava o centro da foto. A cena era bonita; o velho
escritor, o pôr do Sol, a caneta, o caderno e a inspiração a correr em
liberdade pelas linhas; eram elementos isolados mas extremamente interessantes
quando juntos. Olhava aquele sorriso torto e murcho, construído devagar e
distraidamente, a pele fina e envelhecida era como papiro, enrugada, marcada,
amarela e frágil, os dedos longos e finos, envolviam com elegância a caneta
gasta com seu nome escrito na lateral; as unhas eram grossas, e nos cantos dos
olhos tinham tantas linhas, que parecia que todos os poemas criados um dia por
ele estavam rascunhados nelas. Era poético até, mas era um horror! Aquela cena
a incomodava, causava-lhe arrepios, a velhice, a solidão, o criar para ninguém.
Aquele sorriso distraído nos lábios era patético, inspirador e desesperador. O
que será que ele tanto escrevia? Um coração tão tranquilo e cheio de versos,
ali por acaso, todos os dias em sua janela .... todos os dias contemplado ...
todos os dias; tão lindo, e cada dia mais apaixonante. O que será que ele tanto
escrevia? Era horrível. Era inspirador!
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Mural - 01
Postado por Tempus em quarta-feira, setembro 09, 2015 com Sem comentários
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