A cada dia me apego mais as “viralidades” do mundo,
Respiro fundo, para não perder esse vicio que me cerca
E que dita grande parte da minha rotina.
Amores virtuais cuidadosamente criados por um roteiro,
Em idiomas e canais diferentes.
Amigos de teclado,
Comidas friamente preparadas
que não satisfazem meus gostos,
Mas as escolho mesmo assim;
Fecho os olhos a cada gole e a cada mordida
Para sentir o gosto mecânico da culinária caseira que se
fabrica em massa,
Em sacos,
Em latas,
Em potes...
Amores de Verão em pleno inverno,
Crianças que me sorriem com aceitação atrás de minhas
lentes,
E eu fotografo a vida,
Fotografando o mundo,
As cenas,
As histórias escondidas.
Disfarçando as tristezas,
Forçando as alegrias...
Respiro fundo, para não perder esse vicio que me cerca...
Os amores de novela,
Os roteiros ensaiados de minha vida,
As histórias diárias que inventamos, enquanto fingimos ser
felizes...
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