Quando a luz apagou e a cortina fechou, ela ainda estava lá. Era uma sombra em meio ao nada, uma insignificância se movimentando na solidão. Quase não se notava. Quase não se via. Equilibrava sua existência na ponta dos pés, e mesmo sem música se movia, valsava com o silencio e o som da respiração a conduzia. Na cabeça o coque rebelde se desfazia, as mãos sobem e descem elegantes e as sapatilhas de ponta a machuca-la se atrevia. Eu enquanto platéia, em seu silencio me escondia. E ela sobe, e ela desce, ela pula, gira e rodopia. Uma bailarina doce, que em meu peito se debatia. E o mundo inteiro me sorria. Meu mundo nela, discreta poesia.
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Marissa - 3
Postado por Tempus em segunda-feira, maio 01, 2017 com Sem comentários
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